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Publicado em: 21 de março de 2025

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Revolução digital no setor de brinquedos: e-commerce cresce 20,6% e redefine o varejo no Brasil

Dados da ABRINQ mostram que 1 em cada 4 brinquedos vendidos em 2023 veio do digital; Sul do país ganha protagonismo na indústria e no comércio exterior

O mercado de brinquedos no Brasil passa por uma transformação silenciosa, impulsionada pela ascensão do e-commerce. Segundo o Anuário da ABRINQ 2023, 26,9% das vendas do setor já ocorrem no ambiente digital, um crescimento de 20,6% desde 2017. O avanço consolida uma mudança estrutural no varejo, onde a convivência entre lojas físicas e plataformas online exige novos modelos de negócio.

Entre os destaques do levantamento:

  • Expansão acelerada do digital: Em seis anos, a participação do e-commerce no setor triplicou, saindo de 6,3% para 26,9%.
  • Sul do Brasil como polo estratégico: A região abriga 8,3% das fábricas de brinquedos do país e responde por 18,28% das exportações nacionais.
  • Paraná na rota global do setor: O estado concentra 3,2% das importações e 4,75% das exportações da indústria de brinquedos.

Para o especialista em Marketing Digital, vice-coordenador da Câmara de MKT Digital da ACP – Associação Comercial do Paraná, e sócio da Marketing Doctor, empresa especializada em marketing digital para empresas, Humberto Vilanova a digitalização do setor é irreversível, mas o varejo físico ainda tem seu espaço. "A criança quer apertar o botão da boneca, enquanto os pais comparam preços no celular. O futuro não é online ou offline, mas a combinação de ambos: a loja física como experiência e o e-commerce como conveniência. O Paraná, com sua vocação industrial, está no centro dessa transformação”, analisa.

Tendências e desafios para o setor

A migração para o digital vem acompanhada de novas exigências para fabricantes e varejistas:

  • Mudança de comportamento no Sul do Brasil: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná lideram a adoção de compras online, forçando o varejo tradicional a reformular estoques, logística e até layout de lojas.
  • Indústria pressionada a se adaptar: A ABRINQ alerta que a nova geração de consumidores – a chamada Geração Alpha – espera uma experiência de compra integrada e interativa. Dominar algoritmos, SEO e até redes sociais como o TikTok tornou-se essencial para marcas que querem se manter competitivas.
  • 2025 pode ser o ano da virada: Especialistas apontam que a omnicanalidade – integração total entre loja física e digital – será um critério decisivo para o sucesso no setor. Modelos que combinam retirada rápida, atendimento híbrido e gamificação tendem a se destacar.

“Diante desse cenário, a indústria de brinquedos brasileira enfrenta o desafio de equilibrar inovação e tradição, explorando o digital sem perder a essência lúdica e interativa que define o setor. O mercado já não discute mais "o futuro do varejo" — ele já chegou”, completa Vilanova.

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