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Publicado em: 24 de julho de 2024
Julho Amarelo - Hepatites virais, você sabe como se proteger?
Surto de Hepatite A em Curitiba/PR, revela que homens são maioria dos infectados. Diagnóstico preciso é importante para a cura e o tratamento
O mês de julho destaca a importância dos cuidados em relação às hepatites virais. Essas infecções são uma preocupação de saúde pública devido ao risco de evolução para doenças mais graves.
De acordo com o infectologista Alcides Oliveira, membro da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/PR, as hepatites podem ser prevenidas por meio dos hábitos de higiene e também com a cobertura vacinal.
“Outras formas de prevenção devem ser adotadas, como usar camisinha em todas as relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, entre outros”, destaca o especialista.
Mas, o que é a hepatite?
A doença é caracterizada como a inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus e, em alguns casos, pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Muitas vezes, a doença não apresenta sintomas. Ela existe nas formas A, B, C, D e E.
Depois de haver a contaminação, o fígado do paciente pode levar até um mês para se recuperar.
“O tratamento varia conforme o tipo de hepatite. Para a hepatite A, não há tratamento específico além de suporte clínico. Para a hepatite B, medicamentos específicos podem ser necessários para controlar a infecção em casos crônicos. Para a hepatite C, existem tratamentos que podem curar a infecção”, diz o infectologista.
De acordo com o Superintendente nacional da Select Operadora de Saúde, Rogério Campos, o número de infectados pela doença tem crescido nos últimos anos.
“Essa é uma observação que trazemos de dentro dos consultórios, sendo uma queixa crescente entre os pacientes, apontada pelos médicos”, alerta Campos.
Números alarmantes
No mais recente boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/PR, os dados mostram que entre janeiro e a primeira quinzena de julho de 2024, a capital paranaense registrou 401 casos e 5 mortes por Hepatite A, o que caracteriza surto da doença na cidade.
“O surto de Hepatite A em Curitiba tem registrado casos graves, que muitas vezes precisaram de hospitalização. Entre os 401 pacientes confirmados, 246 foram internados em leitos hospitalares (61,3%) e 12 (3%) precisaram de cuidados intensivos em UTI”, afirma Dr. Alcides.
No surto de Curitiba, a principal forma de transmissão tem sido através do contato sexual oral/anal e oral/vaginal com pessoas contaminadas e a maioria dos contaminados são homens (72%), de 20 a 39 anos.
O Ministério da Saúde estima que pelo menos 70% dos brasileiros já tiveram contato com o vírus da hepatite A e 15% com o vírus da hepatite B. Os casos crônicos de hepatite B e C devem corresponder a cerca de 1,0% e 1,5% da população do país, respectivamente.
Prevenção e autocuidado
Embora os sintomas da hepatite possam ser facilmente confundidos com os de outras doenças, é preciso ficar atento.
“A maioria dos pacientes que recebe o diagnóstico de hepatite relata sintomas como a falta de apetite, mal-estar, enjoo, febre e fadiga, olhos e pele amarelados, urina escura e fezes esbranquiçadas. Como os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de muitas viroses, para o diagnóstico diferencial, é essencial que a pessoa procure atendimento de saúde”, alerta Campos.
Esquema vacinal
A prevenção das hepatites virais inclui a vacinação, boas práticas de higiene, além de evitar comportamentos de risco.
Hepatite A
A vacina contra a hepatite A está disponível em clínicas particulares e nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) pelo SUS. O imunizante faz parte do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações e é recomendada a partir dos 15 meses de idade.
Hepatite B
A vacina contra a hepatite B é amplamente disponível pelo SUS e recomendada para toda a população. A vacinação é realizada em três doses, com intervalos de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Hepatite C
Ainda não há vacina disponível.
“É importante ficar atento aos sintomas e fazer exames de rotina que podem detectar todas as formas de hepatite. Quanto antes for obtido o diagnóstico para qualquer um dos tipos do vírus, maiores são as chances de cura”, finaliza Campos.
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