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Publicado em: 28 de janeiro de 2025
E-commerce paranaense cresce 10% em 2024, com mulheres liderando compras e desafios na sensibilidade a preços
Especialistas da Câmara de Marketing Digital da Associação Comercial do Paraná – ACP – apontam estratégias para 2025
O comércio eletrônico no Paraná fechou 2024 com crescimento robusto de 10% em faturamento (R$ 204,3 bilhões no Brasil), consolidando-se como o 3º maior hub do Sul em vendas online. No entanto, o cenário traz desafios: 40% dos consumidores priorizaram marcas mais acessíveis, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O relatório também destaca que mulheres representam 60% das compradoras no estado, reforçando seu papel central no varejo digital.
Crescimento sustentável, mas com olho no custo-benefício
O setor mantém trajetória ascendente, mas a sensibilidade a preços ganha destaque:
· Faturamento nacional: Saltou de R$185,7 bilhões em 2023 para R$ 204,3 bilhões em 2024 (+10%).
· Pedidos: Aumentaram 5% (414,9 milhões em 2024 vs. 395,1 milhões em 2023).
· Ticket médio: Subiu 4,8% (de R$470,00 para R$492,40), mas 4 em cada 10 paranaenses optaram por marcas mais baratas.
Para Eloir Stival Junior, Coordenador da Câmara de Marketing da Associação Comercial do Paraná e fundador da EPX Digital, o dado reflete um mercado em transformação:
“O crescimento é sólido, mas exige adaptação. Empresas que oferecerem qualidade com preço justo, aliadas a experiências memoráveis, vão se destacar em 2025”, afirma.
Mulheres comandam as compras online: estratégias para engajar
As mulheres não apenas lideram as transações, mas ditam tendências:
· 60% dos pedidos no Paraná foram feitos por elas.
· Faixa etária predominante: 25-34 anos (30% das compras).
· Categorias preferidas: Moda, telefonia e beleza.
A Vice-coordenadora da Câmara de Marketing Digital da ACP e proprietária da BSALES - Smart Sales Solutions, Renata Elmor, destaca oportunidades:
“As mulheres valorizam conteúdo autêntico e praticidade. Campanhas no TikTok e Instagram, com influenciadoras locais mostrando o dia a dia dos produtos, são essenciais para fidelizar esse público”, destaca Renata.
O que ela sugere aos empreendedores:
· Lançar coleções cápsula para datas como Dia das Mães e Black Friday.
· Criar programas de recompensas com descontos progressivos.
Desafio 2025: combater o ‘trade down’ sem perder margem
A migração para marcas mais baratas preocupa, mas abre espaço para inovação:
· Causas para o “trade down”: Inflação, endividamento e concorrência de marketplaces.
· Criar oportunidade: Linhas “premium acessível” com foco em sustentabilidade.
Humberto Vilanova, vice-coordenador da Câmara de Marketing Digital da ACP e sócio da Marketing Doctor, empresa especializada em marketing digital para empresas, propõe soluções:
“Além de preços competitivos, é preciso valorizar a origem local. Um jeans produzido em Londrina com algodão paranaense, por exemplo, pode justificar um preço 10% maior com storytelling certo.”
Dicas de estratégias práticas:
· Cupons inteligentes: Oferecer descontos via WhatsApp após abandonar o carrinho.
· Embalagens sustentáveis: Reduzir custos e atrair consumidores conscientes.
· Parcerias regionais: Unir marcas locais em kits promocionais (ex.: moda + cosméticos).
“Estudar o mercado, o público-alvo e ter em mente estratégias que convertam em vendas é sinônimo de sucesso, seja em negócios físicos ou digitais. Destacando sempre que a presença no universo virtual é fundamental para que o empresário utilize-o como uma vitrine e encontre ali boas oportunidades de negócios”, conclui Stival.
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